terça-feira, 16 de março de 2010

DBS - estimulacao cerebral profunda


São métodos promissores para o tratamento de problemas neurológicos e psiquiátricos”, disse à ISTOÉ Julian Bai­les, diretor do Centro de Cirurgia Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de West Virginia, nos Estados Unidos.

Em estudo há duas décadas, uma das primeiras aplicações da estimulação profunda cerebral foi para tratar a epilepsia. A inserção de um eletrodo no lobo temporal (asssociado à atenção e memória) tem se mostrado eficiente para controlar as crises da doença(enxaqueca). A terapêutica também é bastante usada no controle de dores crônicas e para amenizar os movimentos involuntários do mal de Parkinson, relacionados com alterações na dopamina. Neste caso, os pulsos emitidos pelos eletrodos ajudam a regular o sistema motor. Mas, como no caso da obesidade, ainda há muito a ser entendido. “Em cerca de 40% dos casos, a implantação do eletrodo não melhora a situação dos pacientes de Parkinson”, diz o neurocientista Erik Fonoff, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. Por isso, junto com a colega Camila Dale, ele faz uma pesquisa de ponta para decifrar, em animais, os circuitos percorridos por esses impulsos elétricos e as modificações bioquímicas que promovem. “Nossa investigação pode indicar novas opções de tratamento ou revelar motivos pelos quais esse tipo de tratamento não dá resultado em alguns casos”, diz Fonoff.

Revista Isto É (Março/2010)


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